
Schoenstatt reza
Espiritualidade do músico schoenstattiano
Cantar a alegria de Maria
“Quando é que o homem canta? Quando é tocado por uma grande alegria; quando a via normal da palavra já não basta para expressar aquilo que ele deve expressar. Quando quer provocar alegria; quando o amor quer se manifestar e se fazer sentir.” [1]
“Cantar! Trata-se de um encontro com o Deus vivo. Nós não cantamos simplesmente para nós mesmos, mas para um outro: “tu”. Cantamos para tê-lo diante de nossos olhos e para nos aproximarmos dele. cantamos para Deus, para esse Deus que não nos é desconhecido, mas que tem um rosto, o rosto de Jesus Cristo. (…) Uma música que provenha do coração, inspirada pelo amor.” [2]

“Podemos imaginar a história do mundo como uma maravilhosa sinfonia que Deus compôs da qual ele próprio dirige a execução como um sábio regente. Mesmo que a partitura por vezes nos pareça complexa e difícil, ele a conhece da primeira à última nota. Nós não somos chamados a tomar a batuta do regente nas mãos, e menos ainda a mudar as melodias segundo nosso gosto. Somos antes chamados, cada um de seu lugar e segundo suas próprias capacidades, a colaborar com o grande Maestro na execução de sua maravilhosa obra-prima. Ao longo da interpretação, também nos será dado compreender pouco a pouco os desígnios grandiosos da partitura divina.” [3]
“É verdade: cantar é um ato de amor. Assim, rezamos com as palavras e a música, com o coração e com a voz, com devoção e com a arte. Com seus cantos vocês demonstram ter encontrado Jesus, generoso, santo, bondoso, que caminha sempre conosco. Cantando e rezando juntos, em harmonia, vocês ajudam a comunidade a seguir seu exemplo, a caminhar todos juntos”. [4]
“E Maria cantou!” (Cf. Lc 1, 46-55)
O que sempre deve nos mover a cantar é a alegria interior e o amor. Assim como Maria, nossa alma exulta de alegria em Deus, quando experimentamos sua mão poderosa em nossa vida, tão pequena e simples. Pelo canto, anunciamos a mensagem de Deus, que se concretiza em nossa vida a cada dia, e tamanha é a alegria deste encontro, que queremos levar nossa experiência a todos. Para isso, Deus nos presenteia o DOM e quer que o desenvolvamos para melhor anunciar sua mensagem de vida e amor. Procure se aprofundar sempre mais em seus conhecimentos musicais, aprender um instrumento e aprimorar a voz, tudo isso é compromisso de quem recebeu este dom tão precioso, é uma missão.
O músico schoenstattiano canta para Deus, canta para evangelizar, canta para transmitir o amor, a fé, a esperança e as mensagens e o carisma de Schoenstatt. Ele canta com e em Maria, a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável. Une-se à Mãe de Deus e em seu cântico, canta as glórias e as misericórdias do Senhor. Está consciente de que seu ministério é um serviço de amor e um dom de si, por isso, não busca vantagens pessoais em seu serviço, mas, com desprendimento, enriquece a Comunidade e se aprimora para poder servir melhor. Cultiva as virtudes da humildade e modéstia, interior e exteriormente, para ser mais apto a transparecer a Deus.
Busca a pureza de alma e corpo para, como Maria, cantar com voz pura melodias e letras que sejam dignas de Deus.
As melodias schoenstattianas trazem benefícios para os que pertencem à Obra, para toda a Igreja. A música ajuda as pessoas a se inserirem ainda mais naquilo que estão vivendo, porque tem função de ajudar a viver melhor as verdades da religião, a espiritualidade. Elas podem ser um conforto, um consolo, ajudam as pessoas a se aproximarem de Maria com confiança e entrega.
Referências
[1] Baseado em Papa Bento XVI, O Espírito da Música. Editora Ecclesiae. 2017, p. 156.
[2] Papa Bento XVI, O Espírito da Música. Editora Ecclesiae. 2017, p. 150,
[3] Papa Bento XVI, O Espírito da Música. Editora Ecclesiae. 2017, p. 169.
[4] Papa aos Pueri Cantores: o canto é beleza e gosto pela vida – Vatican News